quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Cap. 1 - Viajante ou Turista?


O Projeto BA nasceu, como tantos outros, a partir de um desejo. Desejo de quê, fome de quê? De estrada. Há tempo queria voltar à Bahia, olhar para o olhar do Castro Alves a esvoaçar espumas flutuantes entre os faróis da Barra e Itapuã, tomar água de coco e comer tapioca na terra mãe por onde o Brasil se foi visto.
O conselho primário de uma amiga era que conhecêssemos Chapada Diamantina. Pesquisas climáticas, tomada de preços e uma infinita combinação de tempo de férias e deslocamento fizeram a ideia inclinar para o mar. Quem sabe uma praia, um lugar quente para comungar esse binômio Sol e sal? Salvador, grande demais. Queremos somente um mar de água, não de gente. Encontramos Praia do Forte, visualizamos Praia do Forte, decidimos Praia do Forte. Trajeto, tarifas, comida, hospedagem e as mais variadas possibilidades de um aproveitamento ao máximo com o mínimo de grana. E aí começa a batalha. Razoável número de dias para uma verba modesta. Não podemos errar: o período é esse, a grana é essa. Foram três meses entre a prospecção e a consumação. Passo a passo. Cruzamento de dados. Confirmações. Reservas, passagens e a espera para o embarque. Chamamos de projeto porque é um minucioso planejamento de viagem.
Viajante ou turista? A relação com os nativos, a busca pelo conhecimento da história da região e como isso será integrado no contexto da minha vida. Esse é o mote. Não posso somente fotografar para dizer que fui. Não, eu estava lá. Estive lá. Estou lá. O meu presente é agora. Aqui. Depois, ficará. Mas o agora é aqui. E assim o foi. Viajamos e viajamos para o lugar e no lugar. Sempre faço um diário de bordo, pois são muitas informações simultâneas e pouco ou nada deverá ser esquecido. Essa é a primeira vez que compartilho a experiência publicamente. Faremos um resumo não linear. Projeto BA conquistado, vamos a outros.
Bruno Brum Paiva

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