sábado, 28 de novembro de 2009

Arco da Vida




O crepúsculo
(não raro)
abocanha
o sonho.

Bruno Brum Paiva

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

C I R C U I T O


Do universo nada

d
e
s
p
e
n
c
a

t r a f e g a .



Bruno Brum Paiva

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Lume







Ficará marcado aqui por vinte e quatro horas. Reino absoluto. É uma singela lembrança (garanto que poucos espaços públicos farão uma homenagem com a merecida relevância). O maior, o lume da música brasileira de raiz profunda: Heitor Villa-Lobos, que há exatos 50 anos pegou o último trem para o infinito.









Bruno Brum Paiva

sábado, 7 de novembro de 2009

DESAVISADO

Marujo nunca foi gremista
Tampouco colorado
Convidado
Foi ver que bicho era aquele
Gigante
Na beira do rio.
Inocente
Começou a andar de costas
Para não olhar para a frente

Susto pelo beijo seco, áspero
Aquela pedra marcou sua bunda de lata
Ingrata!
Nada falou porque desconhece o gemido
Só anda e para
Acende e apaga
Parte e repousa
Vai onde vamos
Fica onde o deixamos.


Bruno Brum Paiva

domingo, 1 de novembro de 2009

Rota do Sol


Alvorecer e crepúsculo, ambos de frente a ofuscar duplamente a visão. Na estrada, no mesmo local, na mesma curva em sentido oposto para marcar a saída e o retorno a Porto Alegre. Rota do Sol, um namoro antigo. Agora, a consumação do ato através do Marujo a cortar caminhos e encontrar roteiros. Pontes, túneis e muita subida até que os Campos de Cima da Serra virassem uma planície coxilhada. Cercas de pedra, marcas do braço escravo. Gado, búfalos, matas de acácia afogando esparsas araucárias. Mata nativa quase zero. Pouquíssima sombra. Hoje conheci a Rota do Sol em seu trajeto completo, essa fenda que traz o homem da montanha para o mar.

Bruno Brum Paiva