segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Abertas Gavetas

    
    No Brasil  inteiro, eleições - apogeu do exercício democrático através do sufrágio universal. Para o vivente em questão que por ora remete essas linhas, uma data histórica: hoje faz vinte e um anos que tive minha primeira publicação impressa. Mesmo de forma coletiva, em meio àquela salada de frutas de novos escritores, lá estavam seis páginas em que reinava absoluto com embrionários poemas. Talvez hoje não escreveria dessa forma, mas com certeza não reescreveria e tampouco renegaria esse registro  que os sentidos e sentimentos da vida por ali deixaram marcados.


    NOITE

Noite
Negro lençol que interroga o amanhã
teus filhos saem aos bares,
em ti,
pelas ruas e campos.
Noite
tens os mistérios guardados,
defuntos atentos,
o tempero da brisa
e seus aliados.
Romântica
vitoriosa ou derrotada
a natureza humana busca na noite
o todo
o momento reflexivo
ativo ou passivo.
Noite
tens o aroma de liberdade
traduzido no estrelar,
oculto no nublado
ou satisfeito na existência.

                             Bruno Brum Paiva

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