segunda-feira, 10 de junho de 2013

SERPENTE

          

Num abismo emudecido por luzes
estaciona o ansioso menino,
despidas ruas correm paralelas ao verde
salgado no crepúsculo montanhês.
  

Reviravoltas surgidas no pensamento  ardente
correlacionam os fatos,
e os chatos insistem com força
que implode o vulcão.
  

Sol. Este inquieto astro mexe
todos os residentes sob seu teto.
Nuvens passam:  chuva, vento,
granizo ou geada; ele, fica.
  

A serpente enlaçada por  desejos
despeja todo seu amor em raiva,
mergulhando seu afeto no abismo,
salpicando o mártir em cores.
   


                   Bruno Brum Paiva

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