sábado, 5 de maio de 2012

Guaíba, teimoso rio que banha muitas terras


                  


   
     Navegar pelo Guaíba sempre foi meu deleite. Cada vez que subo num barco para singrar por entre as ilhas do delta descubro mais recantos dessa metrópole amada. Visualizar o cenário da cidade que se afasta até avistá-la da outra margem, silenciosa, como se o mar de pedras falasse o que sentimos.

   Guaíba, teimoso rio que não se batizou  lago, banha Porto Alegre e Viamão por aqui; lambe as areias de Eldorado do Sul, sua homônima Guaíba e Barra do Ribeiro do lado de lá. Rio que abraça enseadas, morros, praias e chácaras, rio que oferece grandes navegações e tangencia uma misteriosa ilha, que perpendicula uma hermosa ponte e que é palco, seja no Gasômetro, Assunção, Ipanema ou Praia do Cachimbo, do crepúsculo mais alaranjado e majestoso do sul do planeta.

      O mais novo transporte fluvial denominado catamarã possibilita-nos uma viagem muito rápida ao primário destino, mas essa mesma rapidez nos reconduz ao mercado público e sua fartura, ao muro lapidado em cores por Danúbio Gonçalves, aos simpáticos cães do cais, às elegantes garças da doca, às caçadoras gaivotas que planam as águas desse rio que banha muitas terras e sempre alegra o nosso porto.


                                        Bruno Brum Paiva

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