sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O tuco-tuco que cutuca












Bate martelo
Tuco cutuca
Afunda apodera
Domina
Dilacera
Atento roedor
De ouvidos precisos
Escava os caminhos
No compasso do coice
Pula, dança, corcoveia
Para, ouve, silencia
O tuco-tuco só não cutuca
Areia movediça
Recomeça, apressa, atiça.

                      Bruno Brum Paiva

Um comentário:

José Carlos Nunes disse...

O Tuco-tuco reporta-me a infância em Itapuã, distrito de Viamão/RS, quando eu ia buscar as ovelhas para meu pai e na lomba plana da pastágem, lá no campo da roça velha, ouvia o som característico desses roedores. Minha grande curiosidade de guri era poder ver um deles. Nunca pude realizar esse sonho. Agora, aqui, junto a arte poética não menos bela, vejo a foto do bichinho. Maravilha, o conjunto artístico cutucou-me a alma.