O ano bissexto implica zil combinações e comemorações muitas vezes carentes de uma lógica plausível. Resistir à tentação de um alinhavo no contexto das coincidências é tarefa árdua. Pensei em bissextas outras datas e o que poderia ter feito, encontrando duas em especial: uma carta escrita em Olinda nesse dia em que somente a cada quatro anos posso tomar como referência em relação ao aniversariante amigo do mês subsequente. A missiva trazia relatos e sentimentos muito contextualizados em seu presente ambíguo e ricamente dividido pela multiplicidade brasiliana.
A segunda data foi um divisor de águas em minha vida, que foi a saída de Tavares para o mundo justamente´no último dia daquele fevereiro oitentista. Dali, nunca mais fui o mesmo. Crescimento no atrito que a vida por instantes empaca para noutros impulsos retumbar.
Risos e lágrimas no lacrimejar sorridente da construção perpétua marcada por calendários marcados e marcantes. O próximo bissexto também será olímpico.
Bruno Brum Paiva
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